CONTROLE DA DOR CRÔNICA E AGUDA NO PÓS-OPERATÓRIO

A dor crônica persistente pós-operatória (DCPO) é aquela que se mantém por dois meses ou mais após o ato cirúrgico, quando se excluem quaisquer outras causas de dor, como câncer ou infecção crônica.

No período pós-operatório imediato, a ativação direta de nociceptores, a inflamação e a possível lesão de estruturas nervosas provocam, do ponto de vista clínico, dor em repouso ou incidental no local da cirurgia e em região próxima. Há dor provocada pelo toque da ferida cirúrgica, pelo movimento, pela respiração, tosse ou atividade gastrintestinal. Também, se ocorre efetivo dano nervoso, um componente neuropático pode se desenvolver imediatamente após a operação e persistir na ausência de estímulo periférico nociceptivo ou inflamatório. Desse modo, definir a dor neuropática é essencial para elaborar estratégias de prevenção e tratamento da dor crônica persistente.

Em geral, existem sinais de lesão de nervo, especialmente após herniorrafias, mastectomias, toracotomias e osteotomias mandibulares.

É importante entender que a DCPO é iniciada por um evento e mantida independentemente do que a     causou. A dor crônica persistente após cirurgia tem sido o principal fator que interfere no retorno do indivíduo às atividades da vida diária e afeta, assim, sua capacidade e produtividade.